Resenha: A Fada



Editora: Fantasy - Casa da Palavra 
Autor: Carolina Munhóz
Páginas: 256
Sinopse: Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresas em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano.
Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu por detrás da enevoada e mística cidade de Londres um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não descobrisse ser parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais que ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção.
A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna.
Uma fúria que pode conduzi-la à morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, “A Fada” é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela.

          Quando ganhei esse livro, fiquei super animada. Depois de ter lido O Reino das Vozes que Não se Calam (resenha aqui), fiquei com muita vontade de conhecer mais do trabalho da Carolina Munhóz e ler outros livros da autora. A Fada foi o primeiro livro publicado por ela.
Eu queria muito, muito mesmo, ter gostado desse livro. Ao longo de toda a leitura eu tentei me forçar a gostar dele, mas isso acabou se tornando uma tarefa impossível. Eu havia me empolgado com a sinopse: uma garota que descobre ser uma fada que tem uma missão para ajudar a salvar seu reino e se envolve em várias lutas e eventos sobrenaturais. Parecia ser o tipo de livro fantástico que eu gosto. E quando comecei a ler o livro – ok, na verdade, quando li as primeiras 15 páginas mais ou menos – achei que a história iria rumar exatamente para o que eu imaginava.
          Infelizmente, eu estava enganada. Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre a personagem principal, Melanie Aine. O livro é narrado por ela, e essa foi uma das partes mais difíceis de enfrentar. Eu nunca vi uma personagem tão contraditória. Ela falava que sentia uma coisa e na linha seguinte se contradizia, era como se fosse uma pessoa bipolar ao extremo. Isso me fez ter extrema dificuldade de acreditar na personagem, eu não consegui identificar nela uma personalidade consistente o suficiente para isso.
          O segundo ponto que está presente nesse livro e que é uma coisa que eu simplesmente não consigo digerir em história nenhuma é o insta-love. Melanie Aine conhece um “homem misterioso” que é parte de uma poderosa família bruxa e que ela acredita fazer parte de sua missão. Até aí, tudo bem, mas ela nem mesmo viu o cara direito, nem trocou duas palavras com ele e já está “Eu amo esse cara para sempre” e fica imaginando eles juntos o tempo inteiro. Com ele acontece praticamente a mesma coisa (embora ele também seja meio bipolar como a Mel). O relacionamento deles não me convenceu, acredito que faltou desenvolvimento. Ainda sobre insta-love, não vou falar muito para não dar spoilers, mas ele ainda acontece de novo bem no final do livro. Quando cheguei nessa parte, sabia que não havia mais esperanças para uma boa classificação.
          O último ponto a destacar é a história em si. Lembram-se da missão que Mel teria? Eu fiquei o tempo todo esperando alguma coisa acontecer em relação a essa missão, pensando que ela teria que ser algo no mínimo grandioso ou complicado. O problema é que não acontece nada. Quase no final do livro o suspense do que é a missão é revelado de uma maneira extremamente decepcionante. A própria missão em si não me convenceu, eu esperava algo muito mais interessante.
          Bom, eu acho que deixei bem claro o quão difícil foi eu achar algo de que gostasse nesse livro. Queria tentar dar ao menos uma classificação 3 para ele, pois não gosto de dar classificações abaixo disso, mas não consegui achar motivos para isso. Mesmo tendo me decepcionado, pretendo ler outros livros da autora, para ver se foi um caso único, talvez por ser a primeira publicação. 

Classificação Final:


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Quem escreve

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Thais Pampado. 20 anos. Escritora e estudante de Produção Editorial. Apaixonada por livros e por escrever. Lê praticamente qualquer gênero, mas tem uma paixão especial por fantasia e YA.
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