Resenha: Princesa Mecânica

           


Editora: Galera Record
Autor: Cassandra Clare
Páginas: 430
Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.





              Princesa Mecânica é o livro que conclui a maravilhosa trilogia As Peças Infernais. Dos livros da Cassandra Clare, prefiro essa trilogia à Instrumentos Mortais, por motivos que já vou falar. Uma coisa, porém, que aconteceu com todos os outros livros que li da Cassie e que com esse não foi diferente foi minha completa incapacidade de ter uma vida do momento em que comecei a ler até terminar o livro.


                É impossível não devorar Princesa Mecânica. O livro tem tanta coisa acontecendo com todos os personagens que, quando você acha que vai poder dar uma pausa na leitura, acontece alguma coisa que te faz querer respostas AGORA, ou seja, lá se vão mais duas horas lendo.
                O segredo dos planos do Magistrado e como Tessa se encaixa neles é revelado neste livro, mas na minha opinião ele não é algo completamente inesperado. As respostas vem sendo construídas lentamente ao longo dos outros dois livros, e aqui vemos finalmente a ligação de umas e confirmação de outras. Para alguns, isso poderia ser uma decepção, mas acho que a Cassandra conseguiu contornar isso. Primeiramente, pelo fato de a resolução do conflito com o Magistrado ser algo surpreendente – quando você não consegue ver mais saída, ela se apresenta de uma maneira bem incrível. Em segundo lugar, pelo menos para mim, esse livro – talvez desde Príncipe Mecânico – não é tanto sobre o mistério do Magistrado, mas sim sobre a relação entre os personagens. Principalmente Will, Tessa e Jem.
                Ah, esses três. Princesa Mecânica é um livro bem angustiante no que diz relação à eles. Acho que esse é um dos triângulos amorosos mais bem desenvolvidos e mais críveis que já encontrei em livros até hoje. A tensão que se estabeleceu no fim de Príncipe Mecânico está quase insuportável, o que só se complica com a saúde de Jem se deteriorando cada vez mais rapidamente. Como fã incondicional de Jem (por algum motivo antipatizei com a atitude do Will em Anjo Mecânico e, mesmo com a razão por trás de suas ações mais tarde revelada, o desgosto por ele permaneceu), devo dizer que a Cassandra me fez sofrer nesse livro. Ela tem o dom de te deixar desesperado pelos personagens. E aí ela termina um capítulo com um ponto de tensão extremamente desesperador e te deixa pelas próximas 60 páginas sem voltar àquilo. E você sem saber com certeza o que aconteceu.


                O final que a Cassandra desenvolveu foi incrível. Eu ficava me imaginando como tudo acabaria, mas foi uma surpresa completa para mim o que aconteceu. E, na minha opinião, o final não tinha como ter sido mais perfeito.  Não vou falar muito mais do que isso para não dar spoilers.
                No geral, Princesa Mecânica me fez declarar com certeza minha preferência por As Peças Infernais. O motivo disso? Fazia muito, muito tempo desde que eu me ligara tanto emocionalmente a personagens. Normalmente eu posso até dizer que gostei de um, não gostei de outro, torci por esse ou por aquele. Mas com essa trilogia foi diferente. Eu sentia meu coração apertar sempre que algo ruim acontecia e, sem exageros, devo ter passado as últimas 100 páginas de Princesa Mecânica chorando.


                 O último livro que me fez chorar tanto foi Harry Potter.
                A única coisa que me deixou extremamente indignada não tem a ver com a história. Não sei se a edição em inglês tem isso, mas na brasileira fizeram o favor de colocar uma ÁRVORE GENEALÓGICA que mostra as famílias dos Herondale, Lightwood e Carstairs até a época de Instrumentos Mortais. No COMEÇO do livro. Obviamente, lá você vê quem casa com quem, quem morre, quem vive. Ou seja, SPOILERS. Das duas séries. 


                 Expressada minha indignação, deixo o aviso: não leiam a árvore genealógica antes de ler o livro. Mas, mesmo que sejam pegos de supresa que nem eu, Princesa Mecânica não deixa de ser uma leitura maravilhosa pra fechar uma trilogia melhor ainda.


Classificação final:


2 comentários:

  1. Oie,
    hahaha não cheguei a chorar, mas também amei a história e como a autora fez para dar um final bom para o nosso triangulo amoroso, me surpreendi bastante.

    bjos

    http://blog.vanessauseroz.com.br

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  2. Só li o primeiro livro da série, mas fiquei encantada, li os 4 primeiros livros da série Instrumentos mortais, mas tenho que concordar que As peças Infernais têm muito mais charme, super recomendo a leitura...

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Quem escreve

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Thais Pampado. 20 anos. Escritora e estudante de Produção Editorial. Apaixonada por livros e por escrever. Lê praticamente qualquer gênero, mas tem uma paixão especial por fantasia e YA.
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